SOMOS TODOS QUASE COMPLETOS


Comecei a ler "Os quase completos" meio com o pé atrás, não me sentia exatamente convencida com relação a história que estava sendo narrada. Os personagens não estavam me chamando muita atenção e posso dizer que em alguns capítulos estava sentindo o tédio começar a tomar conta de mim, mas de repente, quando menos esperava, fui pega! Fui pega com força e arrastada para dentro de uma história que quando percebi, de uma forma estranhamente familiar, algo dentro de mim havia mudado. 

Nessa história acompanharemos o Quase Doutor, a Quase Viúva e o Quase Repórter, todos eles sentindo que algo lhes falta, que a vida não está exatamente boa. Deixaram-se levar por tantos sentimentos e situações e agora... bem, e agora? Nada parece estar no lugar, tudo parece uma grande loucura sem sentido. Escolhas erradas, caminhos tortos, desamores... Não dá pra negar que isso dialoga muito com as nossas realidades, né? Eu não vou dar nenhum spoiler, mas tem um plot twist pra lá de interessante que me fez levantar os olhos por alguns segundos, tentando associar o que acabara de ler. Aquele momento famoso, aquele pequeno surto: COMO NÃO TINHA PERCEBIDO ISSO ANTES??? AAAAAAAAAAAA. 

Já havia decidido me entregar para a história (apesar de ter começado com o pé atrás, estava morrendo de curiosidade), mas aos poucos autor me pegou de jeito e sério, me senti obrigada, O-B-R-I-G-A-D-A, a terminar o livro naquele momento. Essa sensação de preciso-ler-tudo-isso-aqui-agora-pra-já-nesse-momento é algo raro no meu mundo, portanto, Felippe Barbosa ganhou muitos pontos no meu placar de autores que devo ler tudo, até listinha de supermercado.

De forma simples a história vai ganhando proporções enormes, misturando um pouco de fantasia e coisas inexplicáveis para a mente humana (adoro), trazendo reflexões interessantes sobre vários assuntos que se relacionam intensamente com a vida de qualquer ser humano. Destino, sonhos, amores, desamores, carreira, família... tudo isso nos diz respeito e a forma como esses assuntos acabam surgindo chama atenção porque nos faz pensar. E muito. 

 Me entreguei para todos esses pensamentos quando terminei o livro, fiquei analisando a minha vida. Papo bem profundo. Podemos ser completos? Por que buscamos isso? Existe alguém aí que se sente realmente... completo? 

Eu sou uma Quase Completa, mas não vejo isso de forma ruim. Esse livro é também sobre escolhas e fiquei pensando nas minhas... sabe, não me arrependo de nada, mas não me foge a ideia de que poderia ter escolhido coisas diferentes. A gente quer tanta coisa o tempo todo... é impossível se sentir Completo. E creio que não temos que buscar essa completude, essa felicidade, essa ideia de que tudo tem que estar perfeito nas nossas vidas. A vida é uma montanha-russa maluca, cara. Temos que saber que até mesmo quando a queda é grande, quando nos tira o fôlego e nos deixa em pânico, podemos aproveitar algo, mesmo que seja só o frio na barriga, ou o medo... tudo isso é aprendizado, saca? Somos nós, vivendo. 

Momentos bons e ruins fazem parte de todos os nossos caminhos. 

Pensar em tudo isso foi incrível, esse livrinho me mostrou (com força) que temos que ir atrás daquilo que desejamos, me lembrou que não existe tempo ou idade certa para conquistarmos sonhos, me disse que qualquer caminho serve para nos ensinar algo, basta olharmos e estarmos dispostos a aprender. E principalmente, me fez perceber que tudo bem não ser completo, isso só quer dizer que ainda cabe muita coisa em mim. 

3 comentários

  1. Ritinha...arrasou...senti que preciso deste livro...pariu comprar...❤️��

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    1. Lindezaaaa! <3 Obrigada por aparecer por aqui!
      Espero que goste do livro <3

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  2. Menina, não imaginava que o livro era isso tudo! estou numa fase de não saber o que fazer da minha vida, e acho que essa história vai ser uma boa pra mim nesse momento. Vou tirar a poeira dele e começar a leitura nesse fim de semana mesmo.

    www.reinodaloucura.com

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