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sábado, 11 de fevereiro de 2023

 Oi, migos

Hoje vim compartilhar o que pretendo ler ao longo do mês de fevereiro. Esse mês tem carnaval, e sempre aproveito esse feriadão para ler MUITO <3 tô animada!

Também comentei um pouco sobre essas leituras no último vlog, vem conferir


Esse mês temos nossa leitura conjunta de A cidade solitária, um livro incrível da Olivia Laing que já está sendo fantástica a releitura. Na próxima segunda-feira (13) teremos a nossa primeira live para falar de arte e solidão, vai começar 20h lá no meu instagram. 

Esse livro é um livro de não ficção, um livro de ensaios em que a Olivia conta sua experiência pessoal com a solidão e cruza esses relatos com uma incrível pesquisa sobre arte, sobre a vida dos artistas e como a solidão impactou suas vivências e suas criações. É um livro dolorido, mas que também nos abraça forte, uma leitura inesquecível. Vem pro nosso grupinho conversar mais sobre ele (e vem participar das lives também). 

Também estou DOIDA pra ler Trânsito, da Rachel Cusk, uma autora que me ganhou muitíssimo com uma narrativa pautada no cotidiano, nas pequenas-grandes coisas, nos sentimentos e pensamentos que nos cercam. Esboço é um livro sobre a vida, um livro com um forte movimento pra dentro, em direção ao ser, ao estar. Um livro cheio de silêncios. Trânsito é a continuação, o livro 2 dessa trilogia cheia de cotidianos. Estou com saudade da escrita dela e de tudo que ela me proporcionou no primeiro livro.

Em fevereiro finalmente lerei o Manifesto do Partido Comunista. Estou fazendo parte de um clube de leitura chamado Filosofia Vermelha, e essa é a leitura desse mês. Já comecei a ler e estou impactada com o quanto é bom! Na verdade, não é só bom como é super importante. No nosso atual cenário político e cultural, ouvimos muito falar de comunismo, inclusive virou quase um xingamento na boca de alguns: "seu comunista!". E acho importantíssimo conhecermos essas deias por nós mesmos ao invés de repetir o que os outros falam. E olha, ler o Manifesto tem sido uma experiência de abrir os olhos, de mais clareza e reflexão sobre nossa sociedade e como ela funciona. 


Também pretendo ler Viagem ao redor da garrafa, outro livro da Olivia Laing simplesmente porque estou totalmente viciada nessa mulher. Nesse livro a autora vai explorar a literatura e como o alcóol impactou a vida de alguns escritores e como isso impactou a própria literatura. Já comecei a ler também e é outro livro apaixonante, espero conseguir terminá-lo em breve. 

Cleopatra and Frankenstein é um livro me pegou pela capa e pelo título. Adoro quanto acontece isso, e espero adorar o conteúdo do livro também. Nesse livro, uma mulher perdida em NY, sem dinheiro e sem ninguém, conhece um homem mais velho que lhe oferece uma vida cheia de arte e beleza. No entanto tem algo estranho no ritmo desse relacionamento que afetará a vida dos dois dolorosamente. Vi esse livro sendo recomendado para leitores de Sally Rooney, e como amo a Sally e tudo o que ela escreve, fiquei com a sensação de que vou gostar desse também. 

Espero que tenham gostado! Me conta se já leu ou se pretende ler algum desses livros e não esqueça de conferir o último vlog que está disponível no canal!

Beijos, 

Rita Z.

sábado, 28 de janeiro de 2023



 Estive longe por um tempo (de novo isso, né). Confesso que não é fácil administrar tanta coisa e muitas vezes essa vida digital nos engole de forma paralisante. Manter blog, newsletter, podcast, instagram, youtube, projetos, dar aula - é coisa demais. Esse ano quero diminuir essa quantidade de coisas para cuidar e quero também facilitar o processo: ao invés de ter que fazer posts ou conteúdos super elaborados vou investir na simplicidade e no que dá para fazer. É isso. 

Tinha uma newsletter que muito gostava, isso mesmo - tinha. Perdi o prazo para migrar minha newsletter do getrevue para uma nova plataforma, pois o getrevue ia ✨simplesmente deixar de existir.✨ Na verdade fiz o backup, mas hoje quando fui transferir o conteúdo para um novo espaço descobri que o arquivo estava com um erro. Ou seja: perdi tudo o que tinha criado ali.

Achei que fosse ficar chateada, porém sei lá, parece que meu corpo e minha mente simplesmente aceitaram que certas coisas se perdem mesmo. Não que eu fosse reler tudo o que escrevi, eram 14 textos, mas queria saber que eles ainda existiam em algum lugar, queria tê-los como prova de que escrevi. E confesso que não lembro de quase nada do que escrevi ali, mas queria ter esse conforto de saber que bastava alguns cliques para conseguir lembrar. 

Estamos mal acostumadas com a sensação de que nada disso vai acabar e que sempre teremos acesso na palma da mão. 

Tenho escrito muito no meu journal, uma tentativa de resgatar essa escrita que não se perde. Cadernos vão ficando, vão ficando - não jogamos fora com facilidade coisas que carregam nossa letra, nossas marcas, nossa essência. Essa letra e essa essência pode ter mudado muito ao longo dos anos, mas guardamos os cadernos mesmo assim. Somos esse tipo de criatura. Sempre tem espaço para os cadernos.

Agora que perdi tantas palavras, sinto-me livre. Como se alguma amarra invisível tivesse afrouxado de repente e finalmente pude escapar. Sinto que posso começar de novo. Talvez completamente diferente do que era, talvez exatamente do mesmo jeito de sempre. Não importa muito se vai ser diferente ou não - o que importa é que já me dei uma nova chance e por isso estou aqui hoje.

Então, comecemos.

Sejam bem-vindes novamente, não sei exatamente o que será desse espaço, mas sei que estarei por aqui.

 



Michelle Zauner me pegou muito com sua escrita que evoca cheiros, pequenos gestos e pequenos instantes ao lado de quem se ama com toda a força do ser. Em 2014, a autora perdeu a mãe para o câncer, e nesse livro nos conta sobre sua relação com a mãe, sobre sua dor, seu luto e sua trajetória de vida.

Sua elegante mãe coreana não conseguia expressar muito bem seu amor através de palavras, mas era através da comida que comunicava esse amor para a filha. Quando a mãe se vai, Michelle se perde e é através da culinária coreana que ela vai tentar entender quem ela é sem a mãe e resgatar a companhia e a essência dessa mulher que tanto amava.

Minha família não é coreana e não estou familiarizada com quase nada dessa cultura, muito menos a culinária. Ainda assim, a conexão foi fortíssima, um rio de lágrimas, medos, amores e sabores percorreram as minhas entranhas.

Ler é rememorar. Ler é compreender um pouco melhor quem somos, é olhar para os outros e para o mundo ao redor com novos olhares. Esse livro me ofereceu um universo de percepções e modificou algo grande dentro do meu peito.

Por isso, e outros motivos, eis um favorito.

A Thais Campolina ❤️mediadora do clube de leitura Cidade Solitária, promoverá um encontro de discussão sobre esse livro no dia 31/01. Quem já leu esse livro, bora participar!

segunda-feira, 13 de junho de 2022

 


Uma jornada no espaço através da poesia, uma jornada única, potente, permeada por um vazio e uma solidão de tirar o fôlego. Para além do vazio que permeia essas páginas, há uma tentativa insistente de se agarrar à vida, um grito quase sufocado de : quero existir :

Um texto belíssimo, com um ritmo cadenciado de uma estrela em ascensão, uma estética marcante, cheia de possibilidades. A autora nos dá combustível para voarmos com nossos próprios foguetes, nos incentiva a alcançar novos territórios imaginários, nos possibilita uma leitura de outras vidas, outros caminhos.

Um livro sobre existir, versos que enchem os olhos e o coração. É também, essencialmente, um livro sobre estar sozinho, isolado - mesmo com companhias. Desde 2020, tivemos uma experiência com o isolamento - presos dentro de (in)cômodos. Não foi uma experiência boa pra ninguém - o ano mais triste de nossas vidas e por isso talvez a conexão com esses versos seja tão profunda, tão sincera.

84 páginas de uma jornada brilhante, solitária e existencial.


Tem livro que é para sentir no fundo do peito, para deixar arrepiar, deixar incomodar, deixar doer. Tem livro que não é para caber, que não é para explicar. 

A arte tem dessas, né? 

Esse pequeno livro da Flávia Rocha, que saiu pela Editora Nós, é um dos que mais mexeu comigo nesses últimos tempos. Uma potência enorme, abriu umas portinhas aqui dentro de corredores desconhecidos. Eu amei.




Tem vlogs, newsletter e vídeos sobre arte, podcast exclusivo sobre leituras e coisas da vida, tem oficinas de arte todo mês, encontros para bater papo com artistas e escritores incríveis e muito mais!
Além de todo o conteúdo exclusivo, com esse projeto você também apoia uma artista visual e criadora de conteúdo independente.

Muuuito obrigada a todos que topam fazer parte desse projeto!


sexta-feira, 10 de junho de 2022

A escrita é respirar, é minha potência de ser, é com ela que me encontro. Permeia minhas conexões comigo mesma, minhas conversas internas.

Começo a escrever antes de dormir, quase abraçada no sono, pequenos sonhos dançando ao redor da minha cabeça. Um caos de imagens e palavras. Passo o dia todo me alimentando com imagens e palavras, à noite, tudo explode por dentro. Fecho os olhos e escrevo.

Pela manhã, recolho o que sobrou.


A escrita sempre caminhou comigo, canetas e papéis sempre me fizeram companhia. Lendo e escrevendo, sempre foi assim.

E a leitura é parte essencial, me dá combustível para continuar escrevendo, para ter ideias, para experimentar coisas novas no meu texto. Como disse Caio Fernando Abreu, ler é alimento para a escrita.

E ler, ler é alimento de quem escreve. (…) Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta.”


Amanhã (11/06) vai rolar uma oficina de escrita no meu projeto de Arte e Literatura, um convite para enfiar o dedo na garganta e colocar pra fora um montão de coisa, um convite para visitar seus museus imaginários, escrever cartas ao mundo.

Não é uma oficina de escrita criativa, não é sobre escrever ficção ou aprender técnicas para melhorar a escrita. É sobre arte, é sobre se conhecer, conhecer outros textos, sobre experimentar, refletir, sonhar, sobre coletar neblinas no fundo da alma.

Oficina: a escrita, os sonhos, o cotidiano

A oficina vai começar às 10h30 no Discord ;)

Oficina exclusiva para assinantes do projeto nas categorias Arts and Crafts e Bauhaus.




Nos vemos na oficina!
Beijos,
Rita Z.

quarta-feira, 8 de junho de 2022

 


Oi, amigos do blog!

Tá rolando uma movimentação no twitter (e em outros cantos da internet) para que as pessoas voltem com seus blogs. Nem preciso dizer que sou totalmente a favor dessa ideia, né?! Por favor, volte ou crie um blog e vamos ser felizes novamente (hahaha, mas é sério).

Esse blog foi atualizado pela última vez em abril - até que não faz tanto tempo assim - mas tô querendo voltar com mais frequência, pra valer. A verdade é que sinto falta e penso constantemente nesse espaço. E nunca nunca deixei de acompanhar os blogs que amo <3 

Então deixo aqui meu apelo: vamos blogar! 

Se você tem um blog ou quer deixar uma dica de um blog que você adora: se joga aqui nos comentários!

Depois vou fazer um post lindão só indicando os blogs incríveis.


Hoje venho compartilhar com vocês o que pretendo ler ao longo desse mês de Junho, estou - como sempre - muito animada com as leituras e achei a listinha desse mês particularmente maravilhosa. 

Quero fazer um post mais com imagens, até porque se for escrever muito vou acabar deixando pra depois e esse post nunca vai sair. Quero voltar para o blog em um formato mais orgânico, sem cobrança de ter que entregar um conteúdo super-mega-hiper elaborado. Quero aparecer, dar as caras e compartilhar umas coisas legais pelo caminho. Vem comigo?

Vale comentar que dessa listinha já li Neuromancer Os trabalhos e as noites - estou completamente maluca e obcecada nesses dois livros. A Alejandra Pizarnik já é um os grandes amores da minha vida, FATO. 








Espero que gostem! Me contem das suas leituras também ;)
Beijos,
Rita Z.


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